Inesquecível e saudoso cantor que se notabilizou em interpretar e compor sambas, muitos deles na linha romântica. Foi muito cedo, deixando a saudade e o vazio das tantas coisas bonitas que ainda poderia ter gravado vida à fora. Era meu intérprete favorito nesta linha de música.
Vitor Hugo
Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido como Agepê (Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1942 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1995) foi um cantor e compositor brasileiro. O nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do nome de batismo do cantor, "AGP".
Antes da fama, trabalhou como transportador de bagagem onde era conhecido como Ripinha e também foi técnico projetista da extinta Telerj, a que abandonaria para se dedicar à carreira artística. A carreira fonográfica teve início em 1975 quando lançou o compacto com a canção Moro onde não mora ninguém, primeiro sucesso dele, que seria regravada posteriormente por Wando. Nove anos depois, lançou o sucesso estrondoso Deixa eu te amar, que fez parte da trilha sonora da telenovela Vereda Tropical, de Carlos Lombardi. O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias). A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, em que fez escola.
Foi integrante da ala dos compositores da Portela, contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro. Na sua voz tornaram-se consagradas inúmeras composições da autoria, como Menina dos cabelos longos, Cheiro de primavera, Me leva, Moça criança dentre outras. Também regravou "Cama e Mesa", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com grande sucesso.
Morreu de cirrose aos 53 anos de idade.
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